sábado, 11 de outubro de 2008

A vez da Síndrome de burnout


Chafic Jbeili

Cada tempo (conjunto de anos ou de décadas) tem a sua fama marcada por algumas características, às vezes positiva como, por exemplo, os “anos dourados” que marcou a década de 60 e às vezes negativa como, por exemplo, a década de 40 marcada pela grande guerra mundial e suas conseqüências devastadoras no mundo todo.

Desde os primórdios da história do homem a tensão e os conflitos entre pessoas permeiam os relacionamentos e determinam muito do comportamento neurastênico, pois não há nada mais desgastante e consumidor de energia humana do que os conflitos, tanto internos quanto externos. Por outro lado, o isolamento e a evitação do contato com humanos para prevenir conflitos pode causar o sentimento de solidão. Aquilo que se apresenta aparentemente como solução para paz entre pessoas também se mostra extremamente nocivo à saúde da pessoa.

O jeito é aprender a lidar com pessoas e a controlar o estresse, seu e dos outros! Talvez este seja o segredo de uma vida saudável consigo e com o outro. Interessante é que tendemos a pensar que o problema sempre está “no outro”, quando às vezes pode estar também em nós mesmos, nas nossas idiossincrasias, em nossas manias, em nossas neuroses e principalmente em nossos hábitos gerais. Mude seus hábitos e terá uma nova vida!

O contexto de estresse diário que vivemos é extremamente propício para o desenvolvimento de certos “fungos” psicológicos, entre eles a burnout: a síndrome do estresse crônico. Estar envolvido em relacionamentos, tarefas e ambientes estressantes por uma quantidade de tempo superior ao que cada um pode suportar ou consegue lidar pode transformar a pessoa em uma espécie de “zumbi”, ou seja, para não entrar em colapso a pessoa passa a agir automaticamente sem qualquer envolvimento emocional. Isso no ambiente de trabalho é um balde de água fria na produtividade e no clima organizacional.

A dinâmica do mundo moderno favoreceu o surgimento de muitas doenças e transtornos mentais, em especial no ambiente de trabalho e agora é a vez da Síndrome de burnout mostrar a cara. Pouco se fala, pouco se estuda, pouco se previne este mal, pois na maioria das vezes o estresse da lida diária é tão grande que mal podemos notar a erva daninha que cresce silente em meio as poucas rosas que crescem em nosso jardim da vida.

Contudo, medidas sutis podem ser tomadas para evitar que a burnout se desenvolva. Tenho vários materiais disponibilizados para estudo e reflexão sobre o assunto e agora está sendo disponibilizado o curso “Stress docente: a Síndrome de burnout em professores – aprenda identificar e prevenir”, que você pode realizar a distância no conforto de sua casa e com certificação 40h/a pelo Portal Psicopedagogia Online e Fundação Aprender.

Mais do que um curso a distância, esta é uma oportunidade que você tem para aprender a lidar com o seu estresse e com o estresse do outro, melhorando significativamente sua qualidade de vida, além de se prevenir da Síndrome da burnout, a qual batizei de Síndrome do Zumbi, pois é exatamente nisso que ela transforma a pessoa, em seu quadro de sinais e sintomas.

QUESTIONÁRIO PRELIMINAR DE IDENTIFICAÇÃO DA BURNOUT

Elaborado e adaptado por Chafic Jbeili, inspirado no Maslach Burnout Inventory – MBI

Obs.: este instrumento é de uso informativo apenas e não deve substituir o diagnóstico realizado por Médico ou Psicoterapeuta.

MARQUE “X” na coluna correspondente:

1- Nunca | 2- Anualmente | 3- Mensalmente | 4- Semanalmente | 5- Diariamente

Características psicofísicas em relação ao trabalho

1

2

3

4

5

1

Sinto-me esgotado(a) emocionalmente em relação ao meu trabalho






2

Sinto-me excessivamente exausto ao final da minha jornada de trabalho






3

Levanto-me cansado(a) e sem disposição para realizar o meu trabalho






4

Envolvo-me com facilidade nos problemas dos outros






5

Trato algumas pessoas como se fossem da minha família






6

Tenho que desprender grande esforço para realizar minhas tarefas laborais






7

Acredito que eu poderia fazer mais pelas pessoas assistidas por mim






8

Sinto que meu salário é desproporcional às funções que executo






9

Sinto que sou uma referência para as pessoas que lido diariamente






10

Sinto-me com pouca vitalidade, desanimado(a)






11

Não me sinto realizado(a) com o meu trabalho






12

Não sinto mais tanto amor pelo meu trabalho como antes






13

Não acredito mais naquilo que realizo profissionalmente






14

Sinto-me sem forças para conseguir algum resultado significante






15

Sinto que estou no emprego apenas por causa do salário






16

Tenho me sentido mais estressado(a) com as pessoas que atendo






17

Sinto-me responsável pelos problemas das pessoas que atendo






18

Sinto que as pessoas me culpam pelos seus problemas






19

Penso que não importa o que eu faça, nada vai mudar no meu trabalho






20

Sinto que não acredito mais na profissão que exerço






Totais (multiplique o numero de X pelo valor da coluna) 






Some o total de cada coluna e obtenha seu score 


Resultados:

De 0 a 20 pontos: Nenhum indício da Burnout.

De 21 a 40 pontos: Possibilidade de desenvolver Burnout, procure trabalhar as recomendações de prevenção da Síndrome.

De 41 a 60 pontos: Fase inicial da Burnout, procure ajuda profissional para debelar os sintomas e garantir, assim, a qualidade no seu desempenho profissional e a sua qualidade de vida.

De 61 a 80 pontos: A Burnout começa a se instalar. Procure ajuda profissional para prevenir o agravamento dos sintomas.

De 81 a 100 pontos: Você pode estar em uma fase considerável da Burnout, mas esse quadro é perfeitamente reversível. Procure o profissional competente de sua confiança e inicie o quanto antes o tratamento.

ATENÇÃO: este instrumento é de uso informativo apenas e não deve substituir o diagnóstico
realizado por médico ou psicoterapeuta de sua preferência e confiança.

Publicado no site: www. Psicopedagogia.com.br




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