sexta-feira, 4 de abril de 2008

Somos formadores ou apenas professores qualificados?



Somos primeiro de tudo cidadão, alguém que faz parte de um povo, de uma ação, que se encontra em um processo histórico e dialético, participando da construção da vida e da história de seu povo.

O professor tem uma visão de homem, de mundo, de sociedade, de cultura, de educação que dirige suas opções e suas ações mais ou menos conscientemente. Ele é um cidadão, um “político”, alguém compromissado com seu tempo, sua civilização e sua comunidade, e isso não sai de sua pele no instante em que entra na sala de aula. Pode até querer omitir tal aspecto em nome da ciência que ele deve transmitir. Talvez, ingenuamente, entenda que possa fazê-lo de uma forma neutra. Mas o professor continua, cidadão e político, formador de opinião e qualificado; e como profissional de docência não poderá deixar de sê-lo.

Como cidadão, o professor estará aberto para o que se passa na sociedade, fora da universidade ou faculdade, suas transformações, evoluções, mudanças; atento para as novas formas de participação, as novas pesquisas, os novos valores emergentes, as novas descobertas, novas proposições visando inclusive abrir espaço para discussão e debate com seus alunos sobre tais aspectos na medida em que aferem a formação e o exercício profissional.

Por essas e outras, penso que somos as duas coisas, não esquecendo que de mais fundamental para os professores, e para o exercício com profissionalismo de sua atividade docente, é preciso conciliar o técnico com o ético na vida profissional. É condição fundamental tanto para o professor quanto para o aluno.

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